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A Força de Uma Mulher que Traduz Desafios em Sucesso


Num universo empresarial cada vez mais competitivo, há líderes que não apenas conquistam resultados — inspiram trajetórias. Maria Costa, Gerente e CEO da Star – Serviços Linguísticos, é uma dessas mulheres cuja visão transcende o óbvio. À frente de uma empresa que tem a linguagem como ferramenta de ligação entre pessoas, culturas e mercados, a nossa interlocutora tem-se destacado pela coragem de inovar, pela sensibilidade de liderar e pela determinação de abrir portas para outras mulheres no mundo dos negócios.
Nesta edição, a Business Voice mergulha na história de uma profissional que transformou desafios em alavancas de crescimento, fez da autenticidade uma força e da excelência um padrão. A conversa com Maria Costa revela não só a líder, mas a mulher por trás da estratégia — uma voz firme num setor em constante evolução.

Ao longo do seu percurso até à liderança da Star – Serviços Linguísticos, quais foram os momentos-chave que definiram a sua visão enquanto mulher empreendedora?
O primeiro grande momento foi o que exigiu estruturação imediata: a crise de 2008, que obrigou a uma reinvenção estratégica, à decisão de investir fortemente em tecnologia de tradução e formação contínua das equipas.
Este e outros momentos também desafiantes confirmaram que a visão de que versatilidade, resiliência, qualidade inegociável e uma abordagem global são os pilares para liderar um serviço linguístico de topo.

Quais os maiores desafios que enfrentou por ser mulher num cargo de gestão e como transformou essas barreiras em oportunidades de crescimento pessoal e empresarial?
Inicialmente, a necessidade de provar competência em ambientes dominados por homens e superar a perceção de que a "tradução" era um serviço secundário, e não estratégico. 
Usei a necessidade de provar valor como motor para nunca baixar os padrões de excelência, transformando ceticismo em respeito pelo profissionalismo.

A sua empresa opera num setor onde a comunicação é central. De que forma o domínio da linguagem e da interculturalidade contribuiu para o seu estilo de liderança?
O trabalho com as línguas ensinou-me a ouvir melhor, a interpretar as nuances, a estar sempre muito atenta ao detalhe e a adaptar a comunicação. Isto creio ter-se traduzido num estilo de liderança colaborativo, de parceria, transparente e orientado para a compreensão das diferentes perspetivas dentro da equipa e dos clientes, que valoriza diferentes pontos de vista e métodos de trabalho.

Sente que as mulheres líderes trazem abordagens distintas à gestão e à criação de equipas? Que elementos considera mais marcantes no contributo feminino para a liderança moderna?
Acredito que muitas mulheres trazem uma abordagem mais inclusiva, flexível e orientada para relações de confiança. Valorizo especialmente a capacidade das mulheres para conciliar visão estratégica com sensibilidade humana, algo que considero ser cada vez mais importante na gestão atual.

No contexto atual, como analisa o papel das mulheres na transformação das organizações e na construção de modelos de negócio mais inclusivos e sustentáveis?
As mulheres têm estado no centro da construção de modelos mais inclusivos, sustentáveis e colaborativos. Na minha opinião, a nossa presença em postos de liderança ajuda a desafiar estruturas tradicionais e a promover culturas de trabalho mais equilibradas e inovadoras, que vão muito além do lucro e valorizam o bem-estar.

Que estratégias utiliza para inspirar, motivar e desenvolver talentos — especialmente mulheres — na sua equipa?
Na medida do possível, aplico três pilares: dar real autonomia, criar oportunidades para evoluir e promover uma cultura onde o mérito é reconhecido. Procuro também encorajar os elementos femininos das equipas a assumir responsabilidades que aumentem a sua autoconfiança.

A liderança também envolve vulnerabilidade e empatia. Como equilibra estas dimensões humanas com a exigência de tomar decisões difíceis e orientar uma empresa em crescimento?
A transparência e a empatia não impedem que se tomem decisões difíceis. Não facilitam, mas também não as podem impedir, sob pena de se pôr em risco uma gestão racional. Partilho o racional por trás das escolhas, assumo as falhas quando é necessário e esforço-me por garantir que a equipa sabe que exigência e humanidade podem coexistir.

Que conselho deixaria às jovens mulheres que desejam seguir uma carreira de liderança, especialmente num mercado cada vez mais competitivo e globalizado?
Para ser líder não é necessário ser a pessoa mais popular, mas sim a mais competente e a que tem mais visão. Que conselho lhes daria? Que invistam na sua formação, cultivem redes de apoio e não peçam desculpa por terem ambições. A autoconfiança constrói-se com experiência e cada desafio superado é um passo sólido rumo à liderança num mercado global.




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