“Somos hoje um Player efetivo na Saúde da Mulher”

“O nosso compromisso é com a Saúde. Investigar, desenvolver e disponibilizar terapêuticas de base natural é uma opção da Procare Health e resulta de vasta experiência e conhecimento dos seus investigadores”. Quem o afirma é Miguel Coelho, CEO da Procare Health, que à Business Voice deu a conhecer como a marca tem evoluído desde 2018 e como tem marcado a diferença através da sua atuação valiosa.
A Procare Health assume-se como uma marca farmacêutica focada e direcionada na saúde e bem-estar da Mulher, promovendo uma visão em prol dos desafios enfrentados pelas Mulheres no que concerne à sua saúde. De que forma é que a marca tem vindo a marcar a distinção ao nível da saúde feminina?
A Procare Health é uma empresa de investigação biotecnológica que foi criada especificamente para desenvolver soluções terapêuticas direcionadas para a saúde da mulher. Este é o seu ADN, que a distingue neste segmento. Um dos eixos estratégicos em que assenta a dinâmica desta organização é o forte investimento em investigação, não apenas ao nível da criação de novos produtos, mas de modo muito rigoroso na investigação clínica, que exponha a evidência de eficácia e segurança dos nossos produtos.
Investimos uma percentagem significativa do nosso turnover no desenvolvimento de estudos clínicos cujos resultados estão publicados nas mais prestigiadas revistas da especialidade e apresentados nos congressos internacionais de maior relevância. Acreditamos na essencialidade de evidência clínica para que os profissionais de saúde possam recomendar as terapêuticas mais adequadas e validadas a cada doente.
Este ano a Procare Health celebra sete anos de existência, num trajeto que se iniciou em 2018. Que significado tem para si estes sete anos de atividade e de que forma é que acredita que a marca tem sido um player de excelência na missão de melhorar a qualidade de vida das Mulheres?
A ainda nossa curta existência tem sido recheada de momentos que foram verdadeiros desafios para o nosso crescimento. O Covid-19 apareceu nas nossas vidas quando estávamos a iniciar o nosso percurso, após termos resolvido as normais dores de crescimento de uma organização. Passados 7 anos, em jeito de balanço, poderei afirmar com toda a convicção que o saldo entre os sucessos e os momentos mais desafiantes é muito positivo. Somos hoje um player efetivo na saúde da mulher, tendo para tal contado com o fundamental contributo dos profissionais de saúde e demais stakeholders, que têm sido inexcedíveis na forma como nos acolhem, num contexto de excelência profissional.
Considerando que a Procare Health investe expressivamente em pesquisa e desenvolvimento, que projeto ou iniciativa recente a empresa desenvolveu para melhorar a saúde e o bem-estar das Mulheres, por exemplo em relação a questões como saúde vaginal pós-menopáusica ou prevenção de lesões cervicais causadas pelo HPV?
Neste momento temos 3 áreas específicas de estudo e desenvolvimento, nomeadamente a menopausa, a infertilidade e as infeções vulvovaginais, onde destacamos a infeção por HPV. Em todas procuramos inovar, oferecendo melhores alternativas terapêuticas. No caso específico da infeção por HPV, o produto que desenvolvemos e continuamos a estudar com grande intensidade trouxe uma evidência que vem ocupar um novo espaço no paradigma da doença. Hoje, podemos afirmar que existe evidência que permite alterar a forma como esta doença é encarada, tendo também por pressuposto a associação entre o HPV e o cancro do colo do útero. Não faz sentido que mais de 300 mulheres morram anualmente com esta patologia.
De que forma é que têm vindo a destacar a importância da consciencialização sobre os direitos diversos na saúde das Mulheres?
A questão da equidade de género está presente na nossa organização, por termos consciência de que existe um caminho a percorrer. Sabemos também que muito foi já feito também. Nós somos agentes da saúde e temos como missão melhorar a qualidade de vida das populações. Por outro lado, somos um elemento ativo na sociedade e sabemos que temos um papel de responsabilidade social a desempenhar. No seio da nossa organização, apenas por mero acaso, contamos com mais mulheres do que homens. É também por acaso que o top management está equilibrado numa razão de 50/50 entre os géneros. Esta casualidade resulta do facto de termos na organização as pessoas colocadas em cada função por mérito próprio e competência, sem ter a preocupação de preencher quotas ou métricas de equidade. Mas como disse, há todo um caminho por percorrer e apoiamos as iniciativas para que, um dia, homens e mulheres sejam apenas pessoas.
Como é que têm vindo a promover essa sensibilização em prol da garantia do acesso a tratamentos inovadores relacionadas com a saúde sexual e reprodutiva das Mulheres?
A saúde sexual é ainda um assunto condicionado por tabus e constrangimentos. Procuramos falar abertamente deste assunto, sobretudo para que passe a mensagem de que a qualidade de vida da mulher passa também por ter uma vida sexual saudável e que lhe traga prazer. São múltiplos os fatores que condicionam a função sexual, mas este tema precisa de uma maior flexibilidade na sua narrativa, para que as mulheres falem dele sem restrições. Insisto sempre em afirmar que este não é um problema da mulher, mas do casal e assim deve ser abordado, com conversas francas e abertas. Pedir ajuda aos profissionais de saúde não deve ser a última opção porque é justamente aí que se encontram as soluções.
A verdade é que hoje existe uma maior sensibilização para as questões relacionadas com a saúde feminina. É legítimo afirmar que esta vertente da saúde, feminina, ainda é vista como o «parente pobre» da saúde em Portugal ou hoje o paradigma mudou?
Eu não coloco a questão de forma tão violenta. O paradigma está, de facto, a mudar, contudo, é fundamental insistir na necessidade de um acompanhamento mais rigoroso. O corpo da mulher tem especificidades únicas que conduzem com facilidade a patologias que tanto podem ser silenciosas como exuberantes nos seus sintomas. A palavra-chave neste contexto é a prevenção. A mulher não pode ir à consulta de Ginecologia somente quando tem queixas. É fundamental fazer-se uma consulta com regularidade porque só assim é possível tratar precocemente ou prevenir a doença. Eu faço sempre a analogia com a visita ao dentista; se esperamos que um dente cause dor para o tratar, então já vamos tarde demais.
Acredita que a vulnerabilidade feminina face a certas doenças e causas de morte poderá estar, muitas vezes, relacionada com a situação de desigualdade da Mulher na sociedade do que com fatores biológicos? Em que medida esta ideia urge ser compreendida e ultrapassada pela sociedade?
Esta é uma questão de resposta complexa. Sem querer socio-centrista, direi que nas sociedades ditas desenvolvidas foram abolidas, de forma generalizada, determinadas práticas que podem conduzir a problemas de saúde graves. Falando de castração feminina, de limitações de acesso a produtos de higiene e saúde, entre outras práticas, a forma como a mulher é vista no seu papel social condiciona a sua saúde, física e mental. É muito importante falar sobre estes temas, expor determinadas práticas de índole social ou até religiosa, por forma a garantir uma vida melhor para todos e todas.
Tendo em conta o compromisso da Procare Health com a pesquisa e o desenvolvimento de produtos naturais, de que forma é que a vossa abordagem influencia positivamente a saúde e o bem-estar das Mulheres, em particular no que concerne *a segurança e eficácia dos tratamentos providenciados?
O nosso compromisso é com a Saúde. Investigar, desenvolver e disponibilizar terapêuticas de base natural é uma opção da Procare Health e resulta de vasta experiência e conhecimento dos seus investigadores. Dizer que um produto natural é seguro é um erro crasso. Todos os produtos que causam alterações no organismo podem ter efeitos negativos. É para nós fundamental garantir a eficácia, mas também a segurança dos nossos produtos. E partimos sempre desse pressuposto para desenvolver todo um plano de avaliação clínica, com estudos nas várias fases do desenvolvimento das terapêuticas para garantir que estamos, de facto, a combater a doença com base na evidência científica.
A terminar, quais são os grandes desafios da Procare Health para 2025?
Hoje, vivemos mais do que outrora. A mulher de hoje tem mais exigências do que alguma vez teve, nas diversas fases da sua vida. O nosso maior objetivo é contribuir para um envelhecimento saudável. Maior desafio? O que virá amanhã, todos os dias.