Longe da febre dos ‘tokens’, portuguesa Realfevr está à venda

Em 2022, valia 45 milhões de euros. Em 2025, está à venda por até dois milhões de euros. A empresa portuguesa Realfevr, que ganhou mediatismo com os seus NFT (tokens não fungíveis) de futebol, está em negociações avançadas para ser integrada noutra empresa do setor do jogo online (gaming), apurou o ECO. A tecnológica que conquistou investidores norte-americanos está pronta para renascer das cinzas à medida que as criptomoedas voltam a valorizar.
A empresa de blockchain (Web3) ligada ao desporto encaixou mais de 12 milhões de euros entre 2021 e 2022, em rondas de investimento de capital de risco através das sociedades de venture capital, como a norte-americana ADvantage, as portuguesas Semapa Next, Shilling Capital Partners e Apex Capital, também a SportMultimédia, a Moonrock Capital e a Morningstar Ventures e alguns jogadores profissionais, inclusive Sérgio Oliveira (Galatasaray) e Xeka (Estoril).
A Realfevr operava no mercado dos NFT (tokens não fungíveis ou Non-Fungible Tokens), que arrefeceu nos últimos anos, e acabou por levar a que a empresa se apresentasse à insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste – Unidade Central de Sintra, no início de setembro. Até porque existia um acordo parassocial que bloqueava a recapitalização da empresa.
Agora, o registo de falência permite que a transação ocorra sem ser necessário a aprovação por unanimidade da estrutura acionista. Certo é que os jogos da marca continuam disponíveis online, embora as funcionalidades da plataforma não estejam a ser desenvolvidas devido às mudanças societárias.
In Eco